Quando a compra vira peso: como mitigar riscos ocultos em fusões, aquisições e valuation empresarial
- Felipe Lordelo
- 27 de out.
- 2 min de leitura

Em um ambiente de negócios em que fusões e aquisições se tornam cada vez mais comuns, o verdadeiro desafio para empresários não está apenas em encontrar a empresa certa ou no preço a pagar — está em garantir que o valor atribuído à empresa reflita de fato o que ela representa e o que poderá demandar. O processo de valuation (avaliação de empresas) exige mais do que planilhas perfumadas: demanda disciplina, clareza e antecipação. E é aí que muitos são pegos de surpresa.
Como funciona na prática?
Quando sua empresa busca adquirir outra ou ser adquirida, é fundamental entender que o valor percebido não se baseia só no presente, mas sobretudo no futuro — na previsibilidade de resultados, na estrutura de capital, na operação desenhada para os próximos anos. Se o fluxo de caixa parece incerto, ou se a dívida está mal alinhada com o negócio, a operação já começa sob risco.
Falhas em contabilidade ou tributos, projeções excessivamente otimistas, ativos intangíveis mal dimensionados — todos podem virar argumentos na mesa de negociação para redução de preço ou até desistência.
Além disso, vale lembrar: o comprador enxerga não apenas o que está na superfície, mas os sistemas, a cultura, os processos e os “fantasmas” que podem surgir depois da assinatura do contrato. A clareza sobre quem vai gerir, como alinhar times, quem assume os passivos, como integrar sistemas — todos esses detalhes fazem diferença.
Quais os impactos para sua empresa?
Para quem vende, negligenciar essas questões pode significar entregar o negócio por menos do que ele realmente vale — fruto de ajustes, perdas de confiança ou contingências não previstas.
Para quem compra, o impacto pode ser assumir obrigações ocultas, ver o retorno demorar ou os benefícios esperados nunca se concretizarem. Em ambos os casos, a reputação da empresa, a credibilidade com investidores, funcionários e parceiros ficam em jogo.
No médio e longo prazo, uma transação mal preparada pode virar problema operacional, fiscal ou estratégico, consumindo recursos e distraindo a gestão do foco no crescimento.
Orientação da B&B Barreto Contabilidade
Entendemos que entrar ou sair de um negócio é mais do que assinar um contrato — é um momento que exige preparação, estratégia e acompanhamento integrado. Recomendamos que, desde já, você promova uma avaliação interna rigorosa: revisite seus demonstrativos, organize suas dívidas, projete seu negócio com realismo e mapeie riscos — operacionais, fiscais, de pessoas, de tecnologia.




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